martes, 5 de agosto de 2014

Histórias cruzadas

Baseado no livro A Resposta, publicado aqui no brasil pela editora Bertrand Brasil, o filme narra a produção de uma obra pelo ponto de vista das empregadas domésticas do anos 60. Essas figuras, sempre negras de baixa renda e moradoras de subúrbio, sofriam ainda mais discriminação que os demais afrodescendentes da cidade. Não só haviam regras quanto brancos falarem com negros, mas também como a utilização de transportes públicos e ocupação de demais lugares. Com as domésticas, a discriminação não se encontrava somente na rua, mas também em seu trabalho. Elas mantinham as casas dessas mulheres brancas, limpas, seguras e fartas em comida, além de cuidar de suas crianças – isso enquanto tinham várias em casa precisando também de cuidado ( além de todo o serviço que já fizeram no trabalho precisando também ser feito em seus lares ). Nas moradas que cuidavam, eram vistas sempre como inferiores e ignorantes. Não havia uma relação que não fosse trabalhista e não envolvesse ordens entre as patroas e suas empregadas. No filme, há um momento no qual uma das personagem levanta a ideia de promover uma lei para proibir que elas utilizem o mesmo banheiro dos demais membros da casa. Segunda ela, as empregadas possuem germes e outros malefícios que não podem ser compartilhados pelo uso do mesmo sanitário. Isso além de outros absurdos particulares que podem ser vistos ao longo do filme.

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