A história se inicia em 1858, dois anos antes do início da Guerra Civil americana, que seria o pontapé inicial para o fim da escravatura nos Estados Unidos. Naquele momento, ver um negro montando um cavalo era algo inaceitável pela população branca. E logo no início, depois de ouvirmos o tema de Django durante os créditos enormes e em vermelho vivo, entramos em contato com os dois personagens principais: Christoph Waltz, no papel do caçador de recompensas alemão Dr. Schultz, e Jamie Foxx como Django, sendo levado como escravo. É na tentativa de compra do escravo que o filme estabelece o seu tom. Um tom semelhante àquele de BASTARDOS INGLÓRIOS (2009), quando Waltz era, então, um caçador de judeus.
Os dois homens se juntam para ganhar dinheiro como caçadores de recompensa. No início, o Dr. Schultz queria Django apenas para reconhecer três homens que estavam na sua mira, mas uma vez que a parceria entre os dois é mais do que bem sucedida, nasce daí uma amizade. E também uma promessa do alemão de que ajudaria Django a resgatar a sua amada esposa Broomhilde (Kerry Washington).
Em DJANGO LIVRE não é mais Waltz, mas Leonardo DiCaprio como o perverso dono de uma plantação, o responsável pelos momentos mais tensos do filme. Que é quase todo narrado nessa tensão, que torna cada diálogo interessante e com situações muitas vezes engraçadas. E quando a violência irrompe, ela é sentida como algo ao mesmo tempo cruel e extasiante. Afinal, qual fã de Tarantino não gosta de violência no cinema? Principalmente quando tão belamente orquestrada.
DJANGO LIVRE ainda tem a audácia de mostrar um negro racista, o personagem de Samuel L. Jackson, que impressionantemente funciona às vezes como alívio cômico, embora o cômico nos filmes de Tarantino seja de um fino humor negro. E Jackson está ótimo, assim como DiCaprio. Aliás, DiCaprio incorpora a figura do dono de escravos malvado e perigoso com tanta precisão que é difícil imaginar outro ator em seu lugar.
muito lega este filme e RECOMENDO ASSISTIREM
ResponderEliminarDE:JULIO ;)